A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune crônica na qual o sistema imunológico ataca principalmente as articulações, levando à dano da cartilagem, osso e ligamentos.  

Os sintomas variam e a causa exata ainda não é conhecida, mas acredita-se que a predisposição genética e fatores ambientais desconhecidos, como infecções e tabagismo, desempenhem um papel no desenvolvimento da doença. 

Em todo o mundo, a artrite reumatoide afeta aproximadamente 1% da população, sem distinção de raça ou país de origem, e é mais comum em mulheres do que em homens, com uma frequência duas a três vezes maior. Geralmente, surgindo entre os 35 e 50 anos, mas podendo ocorrer em qualquer idade.   

Sintomas 

Neste tipo de doença, as membranas sinoviais, que revestem as articulações e produzem um líquido lubrificante para reduzir o atrito entre os ossos, são as principais afetadas.  

A inflamação crônica resultante pode causar danos às cartilagens, tendões e ossos, levando a sintomas como dor, rigidez, inchaço e vermelhidão nas articulações, especialmente nas mãos, punhos, tornozelos, pés, cotovelos e joelhos. 

Outros sintomas incluem fadiga, febre baixa, perda de peso e fraqueza muscular. A intensidade e frequência dos sintomas podem variar, havendo períodos de remissão ou crise.  

As articulações inflamadas costumam ficar doloridas e rígidas, principalmente após acordar (essa rigidez geralmente dura mais de 60 minutos) ou após ficar muito tempo parado.   

As articulações afetadas geralmente ficam sensíveis, quentes e inchadas devido ao inchaço dos tecidos moles que revestem a articulação (sinovite) e, às vezes, devido ao líquido dentro da articulação (líquido sinovial).  

As articulações podem ficar deformadas, caso não faça o tratamento correto. 

Como a artrite reumatoide afeta a qualidade de vida das pessoas 

A artrite reumatoide pode afetar bastante a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com esta condição. 

Uma das principais dificuldades é lidar com as dores articulares persistentes nas articulações afetadas. Estas dores podem, inclusive, incapacitar a pessoa de realizar suas atividades diárias, afastando do trabalho e do convívio social. 

Soma-se a isso a rigidez e a limitação de movimentos que pode ocorrer, impedindo as pessoas que sofrem com esta doença de realizarem atividades básicas como dirigir, se vestir, segurar objetos e até mesmo de se locomover. 

E, além dos impactos físicos, há um forte impacto emocional e social em quem sofre com artrite reumatoide. 

As limitações físicas podem fazer com que os pacientes se isolem, deixem de realizar atividades prazerosas, mudem suas rotinas e, assim, tenham problemas de sono e humor, podendo desencadear depressão, ansiedade, dentre outros distúrbios psiquiátricos. 

Em casos mais severos, onde a AR pode causar deformidades nas articulações, também há impacto na autoimagem do paciente, afetando sua autoestima. 

Pacientes que sofrem com doenças autoimunes como a artrite reumatoide podem perder sua independência, necessitando de suporte para atividades básicas. Essa adaptação a uma nova realidade pode ser extremamente desafiadora caso não haja suporte e compreensão da família e pessoas próximas. 

Como tratar a artrite reumatoide e melhorar a qualidade de vida das pessoas? 

A artrite reumatoide é uma condição sem cura, mas a reumatologia pode colaborar para aliviar a dor, melhorar a função articular e controlar a progressão de doenças, através de um tratamento contínuo para controlar os sintomas, aliviar as dores e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente. 

O tratamento para essa condição é personalizado e depende da gravidade da doença, da resposta aos medicamentos e das preferências do paciente. 

Geralmente, o tratamento envolve o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, corticoides e imunossupressores, que ajudam a reduzir a atividade do sistema imunológico e a impedir a progressão da doença. 

Além da medicação, o tratamento também pode incluir terapias não medicamentosas, como fisioterapia, exercícios físicos, orientação nutricional, suporte psicológico, terapias biológicas e mudanças no estilo de vida. 

O objetivo é preservar a função das articulações, prevenir deformidades e promover o bem-estar dos pacientes. 

Portanto, devido à complexidade dessa doença autoimune, é importante buscar um médico especializado em reumatologia e terapia biológica. 

Dessa forma, é possível personalizar o tratamento levando em consideração o tipo e estágio da doença, o estilo de vida e outras características individuais. 

Entre em contato para agendar uma consulta! Com um acompanhamento empático e humanizado, podemos melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem com artrite reumatoide e outras doenças autoimunes.